domingo, 31 de julho de 2011

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha. Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar. 

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Hoje olhei para dentro de mim mesma, e comecei a me perguntar, qual o meu caminho, o que eu realmente quero, me vi relendo mails e mensagens antigas, aquelas coisas que a gente vai guardando sem saber bem ao certo porque, mas guarda e um dia começa a olhar e repara que ao longo do caminho muito se perdeu, muito se modificou... no meio dos mails, descobri uma música que me faz bem, descobri declarações de amor eterno que tão bem me souberam ouvir, reli juras de amor, revi fotografias onde nada precisa ser descrito.... encontrei tudo o que sempre quis, tudo o que sempre sonhei... dentro do meu computador, dentro do meu telemóvel, daí olhei para dentro do meu coração, e ainda não consegui entender o que vejo dentro de mim, existe algo tão intenso que não sei explicar, se me perguntar o que é eu te respondo que é amor, que é o maior amor que poderia existir que eu alguma vez poderia sentir por alguém, é esse o amor que te tenho, mas depois de tanto tempo, depois de tantas mudanças, meu coração ainda tão cheio de amor, e ao mesmo tempo tão só... descobri neste tempo que amar também dói, que sofremos a saudade da pessoa amada com tal intensidade que parece que o peito vai arrebentar de dor, lembro-me da noite em que fomos jantar a primeira vez, fecho os olhos e recordo-me do teu olhar de êxtase, recordo-me do primeiro beijo que trocamos, daquele abraço quente caloroso... tão cheio de amor... sei que foi nesta noite que me apaixonei por ti, sei que foi nesta noite que te entreguei minha alma, meu coração, minha vida minha alegria..... nesta noite percebi que tu eras o pedaço de mim que me faltava.....

Adele Loucamente..

http://www.youtube.com/watch?v=QPh0AIMwwX0

segunda-feira, 25 de julho de 2011

mágoa...

Quando te conheci, relutei em te entregar meu coração, tinha medo, tinha muito medo, mas os teus olhos de promessa e de amor, cheios de amor, me fizeram acreditar que sim, que era possível, que eu podia acreditar, que poderia ser feliz, e um dia me entreguei, e quando o fiz, fiz da única forma possível, fiz por inteiro, entreguei meu corpo meu coração minha alma... entreguei meu mundo meu caminho meus braços, coloquei nas tuas mãos a minha vida, mas um dia.. um triste dia o amor que sentias por mim, deixou de existir, deu lugar a um carinho... na verdade deu lugar a um não amor, existe o não lugar e aí conheci e descobri o que era amar e não ser amada, descobri o vazio do meu mundo, descobri que por mais que fizesse o teu amor não voltava a existir, ainda me pergunto por que te amo tanto, ainda me pergunto porque este amor ainda resiste a tanto depois de muito tempo ter passado... ainda me pergunto por que ainda não deixei de sofrer.... ainda procuro de volta aquele olhar apaixonado amoroso, ainda procuro tanto carinho que tinhas por mim, ainda procuro por ti no meio da noite mas a cama está vazia, ou tu estás de costas para mim... ainda te digo todos os dias que te amo, ainda penso todos os dias no quanto podíamos ter sido felizes juntos, ainda penso que a única forma de deixar de te amar é se for embora para longe, para muito longe de ti.... não sei o que fazer tenho o coração tão ferido tão magoado...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Te Amo - Pablo Neruda

Te Amo - Pablo Neruda

Ao Crepúsculo....

Não...

Depois de te amar eu não posso amar mais ninguém.

De que me importa se as ruas estão cheias de homens esbanjando beleza e promessas ao alcance das mãos;

Se tu já não me queres, é funda e sem remédio a minha solidão.

Era tão fácil ser feliz quando estavas comigo.

Quantas vezes vezes sem motivo nenhum, ouvi teu riso, rindo feliz, como um guizo em tua boca.

E a todo momento, mesmo sem te beijar, eu estava te beijando...

Com as mãos, com os olhos, com o pensamento, numa ansiedade louca.

Nosso olhos, ah meu deus, os nossos olhos...

Eram os meus nos teus e os teus nos meus como olhos que dizem adeus.

Não era adeus no entanto, o que estava vivendo nos meus olhos e nos teus,

Era extase, ternura, infinito langor.

Era uma estranha, uma esquisita misturade ternura com ternura, em um mesmo olhar de amor.

Ainda ontem, cada instante uma nova espera,

Deslumbramento, alegria exuberante e sem limite.

E de repente... de repente eu me sinto como um velho muro.

Cheio de eras, embora a luz do sol num delírio palpite.

Não, depois de te amar assim,

Como um Deus, como um louco,

nada me bastará e se tudo tão pouco,

Eu deveria morrer.

Pablo Neruda

Quero apenas cinco coisas.

Quero apenas cinco coisas.. 
Primeiro é o amor sem fim 
A segunda é ver o outono 
A terceira é o grave inverno 
Em quarto lugar o verão 
A quinta coisa são teus olhos 
Não quero dormir sem teus olhos. 
Não quero ser... sem que me olhes. 
Abro mão da primavera para que continues me olhando...

Pablo Neruda..

pensando..

Publiquei ainda há pouco um texto do Arnaldo Jabor, que fala acerca da actual crise de solidão de meio mundo a nossa volta e de repente parando só um pouquinho e pensando, tudo o que ele fala é verdade, há um monte de pessoas, que constroem carreiras de sucesso, que são excelentes profissionais e são sozinhos, sozinhos em estado de espírito, mergulham numa solidão sem fundamento, mergulham seu fracasso pessoal no sucesso profissional, escondem a mais pura verdade, que é chegar a casa depois de um dia exaustivo e não ter com quem partilhar o jantar, ou na verdade comer alguma coisa por que nem sequer tem jantar... eu considero-me muito mulher a moda antiga, gosto de estar em casa a espera do meu mais que tudo e ter o jantar preparado, e ter um beijo suave, um abraço apertado, como quem diz "eu estou aqui" para o que precisares, por que relação é mesmo isso, é estar lado a lado, é partilhar, e sei  quanto me sabe bem depois de um dia difícil, ou nem assim tanto, ele me convidar para jantar fora, porque estou cansada e não me apetece fazer grande coisa, ou mesmo tomar aquele banho quente e receber uma massagem, que embora não seja profissional, vale pela intenção de alívio pelo carinho transmitido no toque das mãos.... e depois adormecer no meio daquele abraço partilhado embaixo do cobertor que ajuda a espantar o frio...
pois é;
bom pensar assim, bom viver isso, mas onde encontramos? não sei, as pessoas a cada dia que passa tem mais medo das relações, de assumir compromissos, mas qual compromisso? o de partilhar a tua vida com outra pessoa? não entendo por que as pessoas complicam algo que apenas deveria ser bom, eu na minha visão romântica e apaixonada, acredito na partilha, mas acredito ainda mais em honestidade, nós mulheres temos uma visão romântica e apaixonada da relação e por incrivel que pareça somos nós mesmas culpadas de deixar a nossa relação cair numa rotina, e deixar de ser interessante... ainda acredito que um grande conquistador(a) não é aquele que conquista muitos parceiros, mas sim aquele que conquista o mesmo parceiro muitas vezes...

Eu como referi na anteriormente na música do Frejat "eu procuro um amor, que seja bom para mim, que seja até ao fim..." ainda me vejo a partilhar a minha vida ao lado de outra o resto das nossas vidas, ainda guardo no fundo do peito aquele desejo profundo de ter um amor perfeito...
ai ai mulheres.. hhahhaahha

mas nem por isso deixo de ser mãe, profissional, amiga, irmã...

beijinho e noitinha boa,

Regina Silva

Antes idiota que infeliz!

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornámo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.
Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso  me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Texto de Arnaldo Jabor.

procuro um amor.....

Hoje estou assim como essa música do Frejat, procuro um amor....


http://www.youtube.com/watch?v=DrXa82roFS0&feature=related

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Coração Partido..

Hoje tenho um fundo de tristeza muito grande, uma sensação de nó no peito..
o coração está apertado, tenho um nó na garganta... espero em breve conseguir desabafar...
::((

sábado, 16 de julho de 2011

Boa Sorte.

Eu devo andar a ficar parva, mas ontem desejaram-me boa sorte, e eu disse que agradecia imenso e precisava muito de sorte, mas não podia contar com isso, por que no fundo só podemos contar com aquilo que controlamos e com a sorte isso não funciona certo?!. ok
obrigada e boa sorte para todos, mas não contem muito com isso, vá a luta, acredite que é possível...

olha quem fala!!!!!

R.

O coração fora do peito...

Nos últimos dias tenho vindo a sentir uma grande ansiedade, como fala a minha música preferida que é "Estou Além"... sinto um grande grau de ansiedade, há algum tempo não vou a terapia, e acho que já não consigo seguir sem terapia, não que me sinta doente, mas a terapia deve fazer parte das nossas vidas, há coisas que só devemos falar ao terapeuta, hahhahah é verdade, há coisas que não devemos guardar só para nós mesmos, mas também não devemos partilhar com as pessoas próximas, e sem essa de que amigo de verdade não julga, as pessoas julgam sim, todo mundo tem o seu bocado de PRÉ CONCEITO, toda a gente tem algo que condena mesmo que em segredo, e já viu que o teu melhor amigo de hoje pode ser seu maior inimigo amanhã??? é verdade, e sendo assim, o teu inimigo tem todas as armas contra você... e outra coisa, namorado é muito bom ser amigo acima de tudo, mas não transforme seu mais que tudo em um grande amigo, o amor pode ceder lugar para uma grande amizade... e ele nunca mais vai te olhar com os olhos apaixonados de quando ele te amava... ao longo destes dois anos de terapia, aprendi que o homem, não o ser humano, o homem, o ser masculino é mais complexo do que nós mulheres, para os compreender melhor li um livro maravilhoso, que é "os homens são de Marte e as mulheres são de Vénus", e dá para os perceber um pouco melhor..
Mas continuo a achar muito estranho a história dos homens terem ciúmes do nosso passado, até porque tal como nós eles também tiveram "outras" antes de nós, e mulher por regra, não quer dizer que não hajam as excepções é um bicho muito inseguro, há homens que não conseguem lidar com estas situações, e mulheres também...
bem já me perdi, por que quando comecei a escrever não era sobre nada disso que queria falar..

só queria falar que isto de estar sozinha é uma TRETA, isto de ser uma mulher independente também, funciona ok, eu consigo gerir a minha vida, meu tempo, mas quando chega a noite e entro no meu quarto, tenho vontade de fugir, (não é por causa da desordem não) é que não consigo me habituar em ter a cama inteira só para mim, não consigo me habituar a ideia de não ter alguém que deite antes de mim e que aqueça  a cama, ou mesmo quem vire para o lado no meio da noite e me encontre... ;))) sim, i hate this... não não gosto de estar sozinha, nem de ter no meu estado civil SOLTEIRA hahahahah.... acho que nasci na época errada, gosto e quero uma vida em conjunto, em partilha, em sonhos e projectos e planos... em união...  mas nesta época em que vivo cada vez vimos mais as pessoas sozinhas, sem partilha, ou muitos do que vivem juntos, só o fazem por hábito... 
humpf... resigno-me??? aceito??? continuo??? procuro???
ah coração bandido esse... volta para dentro do meu peito... deixa de ser alheio...

Regina Silva

quarta-feira, 13 de julho de 2011

De volta ao meu querido cantinho..

Tenho andado muito distante daqui, mas nem por isso deixo de pensar em tantas coisas que quero escrever, quem me conhece sabe que estou a entrar numa nova fase da minha vida e por isso o tempo tem sido tão escasso... para quem não sabe eu estive este ano a concorrer para entrar na Faculdade de Direito de Lisboa, e ainda bem, graças as noites dedicadas com muita paixão aos estudos, consegui ser aprovada no exame dos maiores de 23, sim porque já tenho 28 aninhos,  ;))) pois é verdade o tempo voa, mesmo assim, não deixei de lado os meus sonhos, muito pelo contrário, cá estou a correr atrás deles... a vida é mesmo assim, temos que lutar, correr cair, levantar sacudir a poeira, e vamos em frente, que atrás vem gente.... não podemos continuar estagnados a espera que a vida nos traga alguma coisa, temos que ter coragem e não contar com a sorte, só podemos contar com aquilo que controlamos, embora sim eu acredito na sorte e no pensamento positivo, mais vale jogar pelo seguro e trabalhar para alcançar os nossos sonhos... e então é aqui que tenho andado as voltas com o meu tempo... de resto tudo corre bem... o coração está em paz, não significa que esteja sozinha ou tenha deixado de amar, pelo contrário a cada dia amo mais aquele ser humano, a cada dia o admiro mais, mas neste instante , sinto-me em paz, apenas isso, a saúde está boa e o resto a gente faz por isso...
beijinhos.
Regina Silva

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Hoje, e nos últimos dias meu coração tem me deixado angustiada, um bocado apreensiva, meu coração tem me feito pensar na morte, depois do que aconteceu com o Angélico, me apanhei com grande surpresa minha a pensar na morte, não no que acontece, mas sim como os que ficam reagem e sobrevivem, como fazer no dia seguinte....
comecei a pensar como é que se faz para lidar com a dor e com a certeza de que não voltaremos a ver aquela pessoa aquele ser amado, como vamos lidar com a saudade, com o vazio, como uma mãe que sobrevive a morte de um filho, entra em casa, e suporta o vazio, como o coração aguenta tanto sofrimento, apercebi-me que nunca passei por tamanha dor, e que a probabilidade será de a passar perante a perca de um daqueles que amo mais na minha vida... meu coração sentido, me questiona, como vou me perdoar por não ter dito todas as vezes que os amava, que os adorava demasiado e que na maior parte do tempo sempre quis ter a força e a coragem deles, como vou seguir sabendo que muitas vezes fiquei chateada e perdi tempo ao invés de aproveitar cada minuto que podia ter passado com eles, neste instante meu coração dói, há dez anos que estou longe de casa, e em dez anos, conto os meses que passei com a minha mãe e com o meu pai, eu sei que foi a minha escolha de vida ficar a viver em Portugal, mas hoje pela primeira vez me pergunto, vale a pena viver longe daquele que amamos no mais fundo do nosso ser??? vale a pena lutarmos tanto e estar tão longe??? no dia que os perder, sei que vou perder muito de mim, será que vou me perdoar pelas minhas escolhas? será que não devia voltar para casa, que é este o grande e único pedido que minha mãe me faz???

hoje meu coração está realmente muito saudoso, tenho as armas guardadas, e o coração em prantos...
sentir assim saudades, sentir assim medo, é muito complicado...
Espero poder viver o melhor que puder, o melhor que eu souber, o melhor que a vida me permiti, mãe, pai, manas, irmãos eu amo vocês demasiado, com todo o meu coração..

Regina Silva